Desregulamentação da profissão de jornalista mobiliza sindicatos, estudantes e profissionais da área. Mais uma vez querem calar a imprensa e instituir a censura no pais.
Ameaçar jornalistas com a lei da mordaça, ignorar a importância histórica dos cursos de jornalismo e ridicularizar a ótica profissional são apenas tópicos isolados da discussão. De acordo com o jornalista Nilson Lage a desregulamentação da profissão pode ser interpretada de uma forma simples “ Se qualquer pessoa pode se registrar como jornalista e beneficiar –se, assim, de prisão especial, e claro que isso será feito por todos os bandidos. E, como é impossível arrumar apartamentos para todos... “
Outro ponto que deve ser observado é a questão dos estudantes. Quem ambiciona ser jornalista e esta fazendo o curso deve abandonar a Faculdade? Os que já passaram pela academia, levaram quatro anos para conquistar o tão sonhado canudo, devem usa – lo como bibelo´ ou enfeite de parede? Uma graduaação envolve sonhos, dinheiro e muitas noites sem dormir. Na escola o estudante acumula conhecimentos e os vincula a outras áreas a partir da sua. Portanto formar um profissional é muito mais do que entregar ao estudante um papel timbrado. Envolve técnica, sensibilidade mas, principalmente exercÃcio. Fatores que devem ser considerados. Um dos argumentos defendidos pelos empresários é a liberdade de expressão, mas quem conhece a profissão sabe que esse direito já é assegurado a qualquer cidadão pela mídia. Médicos, advogados, psicólogos tem espaço reservado na maioria dos veÃculos de comunicação. Essa é a essencia do jornalismo, ouvir diversos setores de vários campos de conhecimento. Para o diretor da FENAJ – Federação Nacional dos Jornalistas – Alexandre Campelo quem é a favor da desregulamentação da profissão ao contrario. aos avanços conquistados
Segundo o Sindicato dos jornalistas, mais importante do que ter ou não um diploma é afastar o amadorismo - ou seja - fechar as portas do mercado para os picaretas. O repórter desempenha tarefas muito especificas que incluem responsabilidade social, escolhas morais e principalmente o domÃnio de uma linguagem especializada. Na graduação, o estudante aprende certos procedimentos éticos que o ajudam a discernir sobre determinados métodos lícitos para se obter informações. Regras bá¡sicas para preservar a identidade de uma fonte e como se posicionar diante do conflito entre privacidade e interesse público. Diante disso a competência universitária apenas uma análise técncia, envolve valores e ideais. Como diria Benjamin Constant, a única de todas as liberdades que não pode ser suspensa é a de imprensa uma vez que essa deve funcionar como condição para todas as outras.
Carol Souza
Leia também
http://jornalistajp.blogspot.com/2008/10/pesquisa-revela-que-mais-de-70-da.html
http://pomboonline.blogspot.com/2008/10/o-ministro-fernando-haddad-da-educao.html
http://ljol1.blogspot.com/2008/10/experincia-no-garantia-de-mercado.html
http://jornalismodeminas.blogspot.com/2008/10/regulamentao-do-jornalismo.html
Um comentário:
Carol,
texto bem apurado, mas os links e as sonoras falharam, né?
abs
evaldo
Postar um comentário